Conceitos de testes de hipótese
Testes de hipótese
É comum que queiramos saber o quanto uma amostra corrobora uma hipótese científica. Neste caso, podemos aplicar um teste de hipótese, isto é, um procedimento que decidirá se a hipótese é ou não rejeitada diante da amostra obtida.
Por exemplo, considere que
Tipos de erro
Existem
- (Acerto) A hipótese nula é verdadeira e não é rejeitada.
- (Acerto) A hipótese nula é falsa e é rejeitada.
- (Erro tipo I) A hipótese nula é verdadeira e é rejeitada.
- (Erro tipo II) A hipótese nula é falsa e não é rejeitada.
Estas combinações podem ser representadas na seguinte tabela:
Note que existe um balanço entre
os erros tipo I e II.
Por exemplo, se quiséssemos
que a probabilidade de cometer
um erro tipo I fosse 0,
então poderíamos nunca rejeitar H.
Contudo, neste caso,
a probabilidade de cometer
um erro tipo II seria 1.
Analogamente, se sempre rejeitarmos H,
então as probabilidades de erro tipo I e II
serão, respectivamente, 1 e 0.
Na prática, rejeitamos
Uma outra observação importante é que,
em geral, não sabemos se cometemos um erro em um teste de hipótese.
Para saber se
Apesar da limitação acima, podemos controlar as probabilidades de erro tipo I e II de um teste. Isto é, podemos desenvolver testes que, antes de observar o banco de dados, tenham uma baixa probabilidade de cometer um erro.
Convecionou-se que a hipótese nula deve ser escolhida de tal forma que o erro tipo I seja mais grave que o erro tipo II. Por exemplo, é mais grave concluir que um rio não está poluído quando ele está poluído do que concluir que ele está poluído quando de fato não está. Assim, neste caso, tomaríamos a hipótese nula como aquela de que o rio está poluído, pois assim o erro tipo I seria o de rejeitar que o rio está poluído quando ele de fato está.
Como o erro tipo I é o mais grave,
construímos testes de hipótese que diretamente
controlam a probabilidade de erro tipo I.
Formalmente, determinaremos testes de hipótese tais que
o erro tipo I seja menor que um valor pré-determinado,
Exemplo: normal com variância conhecida
Considere que
Para capturar o quanta a evidência
os dados trazem contra
O erro tipo I é a probabilidade de rejeitar
a hipótese nula quando ela é verdadeira.
Isto é, para obter o erro tipo I,
queremos calcular
Por exemplo, considere que observamos
mu0 = 500
n = 9
sigma0 = 50
media = 530
alpha = 0.05
qnorm(1-alpha)
## [1] 1.644854
c = qnorm(1-alpha) * sigma0 / sqrt(n)
c
## [1] 27.41423
media - mu0 > c
## [1] TRUE
Como a média amostral supera
alpha = 0.01
qnorm(1-alpha)
## [1] 2.326348
c = qnorm(1-alpha) * sigma0 / sqrt(n)
c
## [1] 38.77246
media - mu0 > c
## [1] FALSE
p-valor
Na amostra estudada no exemplo anterior,
verificamos que se fixássemos
Um valor de interesse é o menor
p-valor na normal com variância conhecida
No exemplo do teste de hipótese para
a média da normal com variância conhecida,
lembre que
Exercícios
Descreva em suas próprias palavras: teste de hipótese, erro tipo I, erro tipo II, nível de significância e p-valor.
Um cientista mede um objeto
vezes com um paquímetro e observa os valores em mm de: 1.2, 1.4, 1.7, 1.3, 1.5, 1.1, 1.8, 1.4, 1.1. Se as medições com o paquímetro tem desvio padrão de 0.2 mm, o pesquisador consegue rejeitar a hipótese de que o comprimento do objeto é menor do que ? Qual o p-valor para esta hipótese na amostra observada?Considere o caso da normal com variância conhecida. Ou seja, cada observação é tal que
. Considere que desejamos testar . Neste caso, faria sentido calcular como evidência contra o quanto é menor que ? Se sim, rejeitaríamos quando . Utilizando passos análogos ao da seção da normal com variância conhecida, o valor de tal que a probabilidade de erro tipo I é controlada por . Determine o p-valor deste teste.Considere novamente o caso da normal com variância conhecida, ou seja, cada observação é tal que
. A medida captura evidência contra ? Se desejamos rejeitar quando , determine o valor de que controla o erro tipo I em . Determine o p-valor deste teste.